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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Monteiro Lobato: Moderno ou antimoderno?

dia%20nacional%20do%20livro%20infantilEmbora sua obra seja considerada pré-modernista, o escritor adotou uma posição antimodernista. Como exemplo dessa atitude, criticou uma exposição de Anita Malfatti e a influência do futurismo nas obras artísticas em seu artigo Paranóia ou Mistificação?. Em defesa de Anita, juntaram-se Oswald de Andrade, Di Cavalcanti e Mário de Andrade contra o que chamavam de conservadorismo de Lobato em relação às transformações artísticas eminentes em São Paulo, que resultaria na Semana de Arte Moderna.

Quando é analisada a linguagem de livros de Lobato para adultos como Urupês, Cidades Mortas e Negrinha, ele também acaba se distanciando do que era visto como moderno na época. Nelas, o autor é influenciado por autores como Castelo Branco, Euclides da Cunha e Lima Barreto, o que faz com que tenham uma estrutura narrativa ainda do século XIX. Porém, sobre outra concepção, é possível afirmar que o autor estava até mesmo à frente de seus contemporâneos. "Ele não pensava somente na forma da literatura. Fundou o mercado editorial brasileiro que possibilitou o acesso de livros a uma maior faixa da população, por exemplo. Uma visão precursora naquele tempo", analisa João Luís Ceccantini.

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