"Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar", disse Lobato em carta enviada ao amigo Godofredo Rangel, em 1926. E ele cumpriu o que disse. O Sítio do Picapau Amarelo convida as crianças a mergulharem em um mundo que mescla fantasia e realidade. Os leitores se identificaram de cara com as reinações de Emília, Visconde, Narizinho e Pedrinho. Lobato recebia dezenas de cartas de crianças que elogiavam os personagens, palpitavam sobre as histórias e diziam que o sítio de Dona Benta era o melhor lugar para se viver.
Para escrever os livros, buscou referência em sua própria infância. Lembrou-se dos bonequinhos feitos de legumes que inventava em suas brincadeiras e da biblioteca do avô, seu local preferido. Transportou os seus gostos e excentricidades para o papel, e a fórmula deu tão certo que o Sítio do Picapau Amarelo e seus queridos moradores (ou seus incríveis visitantes) são hoje parte do imaginário dos brasileiros.
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