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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Estou empolgada e feliz", afirma Bete Mendes


Interpretar a Dona Benta no Sítio do Pica-pau Amarelo, da Globo, tem um significado especial para Bete Mendes. Em quase 40 anos de carreira - seu primeiro trabalho profissional foi no teatro, em 1968, na peça A Cozinha -, a atriz nunca tinha feito algo específico para o público infantil. "Em Meu Pé de Laranja Lima, eu adorava contracenar com as crianças, mas era novela, tinha um público diversificado", lembra.

Depois de pouco mais de dois meses no ar, Bete conta que o retorno de público do Sítio não se restringe aos pequenos. Desde que a nova temporada do programa estreou, há pouco mais de dois meses, a atriz não consegue mais sair nas ruas sem que pessoas de todas as idades comentem sobre a nova condição de avó na tevê. "Acho bacana porque tudo na minha vida aconteceu na fase certa. Já fui musa, 'namoradinha', titia e, agora, tenho orgulho de ser vovó", diz.


P - Você emendou o Sítio do Pica-pau Amarelo com a novela Páginas da Vida. O que mais motivou sua decisão de aceitar o convite?


R - Vou fazer uma comparação que parece estranha, mas não é. As histórias do Harry Potter são fantásticas. A escritora inglesa J. K. Rowling se tornou um dos maiores sucessos do mundo depois que descobriu como trabalhar essa ingenuidade. Não tiro o mérito dela, mas o Monteiro Lobato é maior, porque conta a nossa história, a nossa memória. E tem essa mesma ingenuidade, com personagens em relações saudáveis.


P - Que tipo de relações?


R - Normais, de família e amizade mesmo. Não existem seres superiores poderosos, a solução está sempre no amor. As crianças de hoje em dia não sabem mais o que é um estilingue, não brincam como antes. Vejo a Emília como uma das criações mais fantásticas da história mundial. É uma menina crítica, charmosa e de pano, que é um material tão simples. O Sítio do Pica-pau Amarelo é um dos poucos programas da tevê atualmente que resgatam isso.

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