Retrato da prosaica vida rural brasileira e das figuras do folclore tupiniquim, o "Sítio do Picapau Amarelo", obra de Monteiro Lobato que completa 91 anos neste mês, promete, pela primeira vez, ganhar o mundo em grande escala. Aguardada desde o fim da série de TV, em 2007, a Globo marcou para o dia 7 a estreia da primeira versão do "Sítio" em desenho animado, que irá ao ar aos sábados, em 26 episódios de 11 minutos. O produto, comprado pelo Cartoon Network para exibição no Brasil e América Latina a partir de abril, também será comercializado internacionalmente na Mip TV, feira do setor que acontece em Cannes, em abril.
Coprodução da Globo com a Mixer (produtora da animação "Escola pra Cachorro", do Nickelodeon, e da série teen "Julie e os Fantasmas", da Band e Nick), o projeto, além de ser a primeira coprodução em animação da emissora, é o primeiro fruto colhido pela Globo, por meio do artigo 3.º A, da Lei do Audiovisual.
Pela regra, as TVs do País que comprarem obras de audiovisual ou transmissões estrangeiras e, consequentemente, pagarem o imposto devido, podem investir parte desse imposto na coprodução de audiovisual brasileiro de produção independente.
Ao todo, foram investidos R$ 4 milhões, sendo R$ 3 milhões da Globo, via o artigo 3.º A. "E olha que foi barato", garante Tiago Mello, produtor executivo da Mixer. "Trouxemos só gente muito fera - como o (diretor de animação) Humberto Avelar, dono de vários prêmios Anima Mundi; o (diretor musical) André Mehmari; storybordistas do "Scooby-Doo" e gente que há muito não fazia nada no Brasil. Além do (Gilberto) Gil, que estilizou a música de abertura. Um projeto desse custa US$ 3,5 milhões (em torno de R$ 6,5 milhões)."
Para colocar o "Sítio" em rota mundial, os traços do novo desenho - criados por Bruno Okada, escolhido em concurso entre oito ilustradores - têm algo das animações modernas do EUA e Japão, com olhos grandes e efeitos à la "Meninas Superpoderosas". O diretor Humberto Avelar, porém, garante que o "Sítio" manterá a "cara de Brasil".
"Apesar do grafismo moderno, queremos retratar o interior de Minas, Rio e São Paulo", diz Avelar. "Teremos uma vegetação brasileira e, diferentemente do humor americano dublado, que fala 'tira' em vez de 'policial', veremos um humor brasileiro. Aliás, essa é a versão mais engraçada que já houve."
Com "Reinações de Narizinho" como base para essa primeira temporada, o roteirista Rodrigo Castilho diz ter inventado tramas a partir de indicações dadas por Monteiro Lobato nos livros. Assim, se no livro Rabicó não tinha lá boa memória para suas promessas, em um episódio, os personagens cobram o pagamento das promessas do porco falante.
"Os personagens naturalmente são engraçados. Lobato disse que se Tia Anastácia soubesse o que viraria Emília, a tinha feito de seda e não de um paninho ordinário. E todos os dramas da boneca partem disso: ela sabe que é especial, mas queria ser feita de um pano menos ordinário. Isso já é um drama engraçado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Coprodução da Globo com a Mixer (produtora da animação "Escola pra Cachorro", do Nickelodeon, e da série teen "Julie e os Fantasmas", da Band e Nick), o projeto, além de ser a primeira coprodução em animação da emissora, é o primeiro fruto colhido pela Globo, por meio do artigo 3.º A, da Lei do Audiovisual.
Pela regra, as TVs do País que comprarem obras de audiovisual ou transmissões estrangeiras e, consequentemente, pagarem o imposto devido, podem investir parte desse imposto na coprodução de audiovisual brasileiro de produção independente.
Ao todo, foram investidos R$ 4 milhões, sendo R$ 3 milhões da Globo, via o artigo 3.º A. "E olha que foi barato", garante Tiago Mello, produtor executivo da Mixer. "Trouxemos só gente muito fera - como o (diretor de animação) Humberto Avelar, dono de vários prêmios Anima Mundi; o (diretor musical) André Mehmari; storybordistas do "Scooby-Doo" e gente que há muito não fazia nada no Brasil. Além do (Gilberto) Gil, que estilizou a música de abertura. Um projeto desse custa US$ 3,5 milhões (em torno de R$ 6,5 milhões)."
Para colocar o "Sítio" em rota mundial, os traços do novo desenho - criados por Bruno Okada, escolhido em concurso entre oito ilustradores - têm algo das animações modernas do EUA e Japão, com olhos grandes e efeitos à la "Meninas Superpoderosas". O diretor Humberto Avelar, porém, garante que o "Sítio" manterá a "cara de Brasil".
"Apesar do grafismo moderno, queremos retratar o interior de Minas, Rio e São Paulo", diz Avelar. "Teremos uma vegetação brasileira e, diferentemente do humor americano dublado, que fala 'tira' em vez de 'policial', veremos um humor brasileiro. Aliás, essa é a versão mais engraçada que já houve."
Com "Reinações de Narizinho" como base para essa primeira temporada, o roteirista Rodrigo Castilho diz ter inventado tramas a partir de indicações dadas por Monteiro Lobato nos livros. Assim, se no livro Rabicó não tinha lá boa memória para suas promessas, em um episódio, os personagens cobram o pagamento das promessas do porco falante.
"Os personagens naturalmente são engraçados. Lobato disse que se Tia Anastácia soubesse o que viraria Emília, a tinha feito de seda e não de um paninho ordinário. E todos os dramas da boneca partem disso: ela sabe que é especial, mas queria ser feita de um pano menos ordinário. Isso já é um drama engraçado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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