Narizinho, Pedrinho, Emília, Tia Nastácia e a vovó Benta tem no mínimo 60 anos de idade – mas não mostram a idade: eles são os perosnagens brasileiros que tem maior número de fãs entre o público infantil, mesmo concorrendo com Mickey ou super heróis.
E os perosnagens do Sítio do Picapau Amarelo são amados pelas crianças do Brasil desde que apareceram há anos criados por monteiro Lobato; no começo nos livros e depois em 1951 na televisão. Agora está no ar a nova versão para a televisão, bem diferente de como Lobato descrevia, mas não deixando de atrair crianças.
Quer dizer que desde nossos avós, até nós, passando pelos pais tiveram um Sítio para ler, ver e curtir. Tatiana e Júlio faziam um teatro corajoso, sem muitos cenários e figurinos. Naquele tempo, eles contam: “a gente ensaiava durante a semana e na hora não podia errar. Ninguém podia esquecer sua fala ou perder a deixa”.
E se vocês pensam que isso é fácil, pensem que alguns atores eram adolescentes, quase crianças. Tudo feito no estúdio na TV, pois ainda não eram filmadas cenas externas.
Hoje tudo mudou. A TV tem recursos técnicos que permitiram dar realidade para o Sítio. Para se ter uma ideia, na versão que começou a ser exibida em 1976, a Globo até construiu uma réplica da casa da Dona Benta, com móveis da época.
Enquanto, Tatiana e Júlio faziam o mais fiel possível a obra de lobato para a TV. Hoje se tem uma adaptação das histórias. Antigamente na TV Tupi, a história era feita uma série autônoma, com uma história de começo, meio e fim. Já a Globo preferiu por optar com uma história de 20 capítulos.
Não sei se o sistema era melhor ou pior, mas as crianças de 30 anos atrás adoravam o Sítio como as de agora. Sempre anciosas para não perder o capítulo. Há 30 anos era semanal, agora é diário (aliás, duas vezes por dia). Como diz aquele ditado: o que é bom, dura pra sempre.
Reportagem publicada em 1982
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