Walcyr Carrasco é mais conhecido do público como autor de novelas. Mas o escritor também já publicou mais de 16 livros infanto-juvenis. Aos 11 anos, já era fã da obra de Monteiro Lobato.
O GLOBO: Você diz que sua personalidade é parecida com a da Emília. Por quê?
WALCYR CARRASCO: Li a obra do Monteiro Lobato quando tinha 11 anos. Depois minha mãe começou a reclamar dizendo que eu tinha ficado muito “respondão”, como a Emília, que fala tudo o que pensa. Eu tenho uma certa personalidade de Emília, sim. Na vida, falo o que penso, o que me vem à cabeça.
O GLOBO:
Você é autor de 16 livros infanto-juvenis. Qual a maior dificuldade ao escrever para este público?
WALCYR: Não há dificuldade. É um universo do qual gosto muito e que conheço bem.
O GLOBO: Está sendo difícil adaptar a obra de Lobato?
WALCYR: Reli toda a obra dele e está sendo na verdade um grande desafio. Eu preciso pensar com a cabeça dele, que era um homem muito moderno. Tento olhar para o que ele estaria olhando agora. A família dele também está ajudando, dando palpites.
O GLOBO: Você participou da escolha dos atores que estarão nessas novas histórias?
WALCYR: A Elizabeth Savalla, por exemplo, foi uma sugestão minha. A experiência com ela em “A padroeira” foi ótima.
O GLOBO:
Por que você teve a idéia de fazer tramas com feiticeiros e bruxas?
WALCYR: É um assunto muito atual. É só a gente lembrar do sucesso de Harry Porter, o “Senhor dos Anéis”... As crianças adoram este universo.
O GLOBO:
Qual a mensagem que você quer passar?
WALCYR: Quero trabalhar muito com a emoção, os valores éticos, a cidadania, o respeito ao próximo. Penso que essa criança, o público que assiste ao “Sítio do Picapau Amarelo”, será um cidadão melhor amanhã. Até noções de higiene eu quero que as minhas histórias tenham.
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