Diz-se que já em 1682 Bartolomeu Bueno penetrou o território que hoje pertence ao Estado de Goiás, ocupado pelos pacíficos índios Goyazes, vendo suas mulheres enfeitadas com palhetas de ouro no cabelo... Seu filho de 12 anos (outros historiadores indicam ter 16 anos), com o mesmo nome mas depois apelidado «o Moço», que o acompanhava nesta viagem, refaria a mesma viagem em 1721.
O sertanista paulista natural de Santana do Parnaíba nascido no ano de 1672, era filho de Francisco Bueno e de Filippa Vaz. Segundo o mesmo genealogista, a viagem teria sido efetuada em 1682 e penetrou no sertão, achando ouro, embora sem dar importância ao achado. Casou com Isabel Cardoso, única esposa de que teve geração, e depois com Maria de Morais.
Acompanhando seu pai, Francisco Bueno, sua primeira expedição partiu de São Paulo em 1682 e atravessou o território do atual Goiás e seguiu até o rio Araguaia. Ao retornar desse rio à procura do curso do rio Vermelho, encontrou uma aldeia indígena do povo Goyá. Diz a lenda que as índias estavam ricamente adornadas com chapas de ouro e, como se recusassem a indicar a procedência do metal, Bartolomeu Bueno da Silva pôs fogo a uma tigela contendo aguardente afirmando severamente que, se não informassem o local de onde retiravam o ouro, lançaria fogo em todos os rios e fontes. Admirados, os índios informaram o local e o apelidaram Anhangüera (em tupi añã'gwea) diabo velho - o genérico tupi aportuguesado para anhangá significa diabo ou espírito maligno, mesmo prefixo usado no topônimo paulistano Anhangabaú. O Anhangüera foi o último dos grandes bandeirantes a desvendar os caminhos para o oeste tornando conhecido o alto sertão brasileiro.
O autor Mário Teixeira baseou nessa história, fazendo algumas mudanças.
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