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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O FOLCLORE NA OBRA DE MONTEIRO LOBATO

MONTEIRO LOBATO: VIDA E OBRA FOLCLÓRICA

Nascido em Taubaté, em 1882, Monteiro Lobato tornou-se um dos mais representativos escritores brasileiros. Desde o período em que morou no interior, deteve-se em observar e apontar os problemas e as dificuldades que marcavam a vida das pessoas rurais. Não poupou esforços para mostrar um Brasil desconhecido por muitos. Dessas observações, criou o personagem Jeca Tatu, típico caipira acomodado e miserável do interior paulista.

Lobato, declarado nacionalista veemente, condenava qualquer influência estrangeira. Valorizava a cultura regional e era fascinado por histórias, costumes e crenças. Foi também um extraordinário contador de histórias e de casos interessantes, logo, não é por acaso que se tornou um dos primeiros autores de literatura infantil no Brasil. Seus personagens mais famosos são a boneca Emília, Pedrinho, Narizinho, Dona Benta, Tia Anastácia, o sabugo de milho Visconde de Sabugosa, o porco Rabicó, entre outros. Todos eles inseridos no contexto do Sítio do Picapau Amarelo, um lugar simples em sua própria magia.

Monteiro Lobato por meio das suas obras também ajudou a propagar lendas e mitos do Brasil. Além de criar personalidades, Lobato foi responsável por popularizar personagens do folclore para suas histórias, enriquecendo e ressaltando a cultura nacional.

 

AS RIQUEZAS DO FOLCLORE BRASILEIRO NA OBRA DE MONTEIRO LOBATO

Em um de seus livros, intitulado Histórias de Tia Anastácia, a boneca Emília explica a Pedrinho o significado da palavra “folclore”: “Dona Benta disse que folk quer dizer gente, povo; e lore quer dizer sabedoria, ciência. Folclore são as coisas que o povo sabe por boca, de um contar para o outro, de pais a filhos – os contos, as histórias, as anedotas, as superstições, as bobagens populares”.

Quando falamos no folclore brasileiro, a figura do Saci Pererê é, sem dúvida, a maior lembrança. O Saci é um negrinho de uma perna só, muito peralta, e que apronta travessuras o tempo todo. Os primeiros registros de suas histórias vêm dos negros na região Sul do Brasil durante o período colonial, entre fins do século XVIII e início do XIX.

Por conta da sua influência, tornou-se personagem do Sítio do Picapau Amarelo, obra mais famosa de Lobato, em que as crendices e supertições de Tia Anastácia, as histórias de Barnabé e as maldades da Cuca enriquecem o universo da mais fantástica e singular obra da literatura infantil de todos os tempos. Além do Saci, Monteiro Lobato coloca em evidência outros elementos do folclore nacional como o Lobisomem, a Mula Sem-Cabeça, Boitatá, Iara e o Curupira. Vale ressaltar a capacidade de Monteiro Lobato de misturar a mitologia brasileira com personagens da mitologia grega, como a Medusa e Netuno, além de Dom Quixote, capitão Gancho e personagens dos contos de fada, como a Cinderela e o Pequeno-Polegar.

A magnífica obra de Monteiro Lobato, além de divulgar o folclore nacional, ultrapassou seu tempo, rompeu as barreiras e se fixou como uma das grandes produções infantis de todos os tempos.

Fonte: http://redes.moderna.com.br/2012/08/22/o-folclore-na-obra-de-monteiro-lobato/

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