Um evento em celebração ao Dia do Saci, a ser realizado em 1º de novembro no Museu Afro-Brasil, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo (SP). É uma iniciativa do museu e da Sociedade de Observadores de Saci (Sosaci), em parceria com a Companhia da Memória.
No local, haverá uma exposição sobre o Saci, além de uma série de atividades para entreter toda a família, como brincadeiras, contação de histórias e apresentações dos grupos Prosa dos Ventos, Quarteto Pererê e Dinho Nascimento. Já a marca Dona Benta Sítio do Picapau Amarelo — fabricada pela indústria de alimentos J.Macêdo — participará do evento com degustação de bolos e bolinhos de chuva e aulas de culinária para crianças e adultos.
“Queremos incentivar o resgate à cultura popular brasileira, rica em mitos, histórias e brincadeiras”, diz Jumar Pedreira, gerente de marketing da J.Macêdo. “Acreditamos que esta educação é fundamental para o desenvolvimento saudável das crianças.”
O Dia do Saci, comemorado oficialmente na cidade de São Paulo em 31 de outubro, é uma homenagem a um dos principais mitos da cultura nacional, o Saci-Pererê. A data foi instituída na cidade de São Paulo em 2004 para restaurar as figuras do folclore brasileiro, em contraposição ao Halloween, que tem origem na cultura norte-americana e nenhuma conexão com as tradições do Brasil.
O Saci
Parte do imaginário popular brasileiro, o Saci ganhou ainda mais notoriedade nos livros sobre o Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato. Considerado uma figura brincalhona — que se diverte com os animais e pessoas fazendo pequenas travessuras nas casas ou assustando viajantes noturnos com seus assobios —, ele é um dos principais ícones da mitologia brasileira.
Sua lenda nasceu entre os índios tupi-guaranis, e o nome seria uma corruptela de Cãs cy perereg, som do piado de uma coruja. Posteriormente, as escravas africanas, grandes contadoras de história, teriam dado ao Saci a forma de um menino negro com apenas uma perna. Essa única perna simbolizaria a libertação, pois ele teria preferido cortar a perna acorrentada a manter-se no cativeiro.
Herdou também da cultura africana o pito, uma espécie de cachimbo de madeira sempre mantido no canto da boca. Já o gorrinho vermelho, chamado de píleo, utilizado pelos republicanos depois da Revolução Francesa, teria chegado ao Brasil com os imigrantes e logo incorporado à figura do Saci.
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