A indústria nacional de brinquedos está animada com o Dia das Crianças deste ano. A alta do dólar, sobretudo no último mês em função dos ataques terroristas nos Estados Unidos, está empurrando o consumidor para o produto fabricado aqui. Tanto assim, que as crianças brasileiras deverão ganhar este ano um brinquedo com a nossa cara, ao invés dos bonecos com olhos esbugalhados do Japão. A coqueluche é, sem dúvida, o relançamento dos personagens do Sítio do Picapau Amarelo: a boneca de pano que fala, Emília, e o sabugo de milho inteligente, o Visconde de Sabugosa.
A Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos (Abrinq) aposta em vendas 8% maiores em relação ao ano passado, o que significará 81 milhões de unidades comercializadas. Mas há indústrias bem mais otimistas. A líder Estrela, por exemplo, prevê crescimento de 15% sobre à data do ano passado. Parte da euforia é justificada pelos preços salgados dos importados, mas também pela melhor distribuição de brinquedos este ano. Ao contrário dos anteriores, quando os patins, o celular e depois os patinetes, no ano passado, concentraram as vendas. O que é pior: a maioria desses produtos vinha de fora. "
Este ano não há nenhum produto que vai roubar a cena dos brinquedos e a indústria nacional está se beneficiando nesse aspecto", garantiu o presidente da Abrinq, Sinésio Batista da Costa. Segundo ele, apesar da turma do Sítio dominar os lançamentos, mais de 30 empresas brasileiras estão licenciadas a produzir determinados personagens, o que pulveriza e muito o mercado.
Na linha primeira infância a Acalanto lançou ainda o Saci, o Visconde e o Rabicó. A previsão do grupo é comercializar 80 mil unidades da versão maior da Emília e 200 mil da pequena, só para o Dia das Crianças. A Maritel, líder no mercado de pelúcia, também não perdeu tempo e lançou Visconde de Sabugosa e o Marquês de Rabicó, entre os mais de 50 itens da coleção 2001.
Notícia:2001
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