Primeiro no Brasil a escrever para os jovens leitores, Monteiro Lobato foi pioneiro como editor de livros e na luta pela nacionalização do petróleo. Mas o escritor ficará para sempre no imaginário das crianças como o criador dos personagens do ‘Sítio do Picapau Amarelo’.
A sede da chácara onde ele morou quando pequeno, em Taubaté, interior de São Paulo, foi transformada no Museu Histórico, Folclórico e Pedagógico Monteiro Lobato. Alguns objetos são da época em que ele viveu na casa.
Maria Cristina Lopes coordena há dez anos o museu. Ela desenvolve uma série de projetos de incentivo à leitura, e tem na dramaturgia uma forte aliada. “Vem muita gente de fora, da Região Metropolitana de São Paulo, sul de Minas Gerais e até do exterior. Quando eu vejo o encantamento das crianças, isso para mim é super gratificante”, afirma.
Quem modernizou o Sítio do Picapau Amarelo foi a escritora e educadora Conceição Molinaro, que dirigiu a instituição de 1993 a 2003. Ela levou o teatro infantil, as oficinas de arte, os concursos literários, e acabou se tornando uma grande especialista em Monteiro Lobato.
“Ele foi o primeiro escritor brasileiro a escrever livros paradidáticos, quando não se falava nisso. É aprender brincando, de forma lúdica. Ele reflete a mentalidade brasileira da época qu ele escrevia. É uma identidade do período”, lembra a escritora.
“Não há diferença entre um livro e um artigo qualquer de alimentação. Se o livro não se vende é porque não presta”, afirmava Lobato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário