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sábado, 5 de abril de 2008

A modernidade chega ao Sítio


Estréia na próxima sexta-feira, dentro do infantil Bambuluá, a nova versão do Sítio do Pica-Pau Amarelo, seriado inspirado na obra homônima do escritor Monteiro Lobato, e que embalou os sonhos das crianças brasileiras nos anos 60, 70 e 80. Gravado nos estúdios de Renato Aragão, em Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, o novo Sítio assume ar bem mais moderno do que o seriado que a Globo deixou de exibir há mais de 20 anos. A atração vem como presente, já que sexta é 12 de outubro, dia da criança.


Zilka Salaberry, que até hoje é apontada como a compreensiva avó Dona Benta, cede o posto para Nicete Bruno, e a cozinheira Tia Anastácia, vivida no passado pela falecida Jacyra Sampaio, será interpretada pela ex-Frenéticas Duh Moraes. Um dos traços de atualidade do novo Sítio atinge em cheio estas duas personagens: Dona Benta receberá correspondências pelo e-mail e Tia Anastácia fará seus quitutes em um microondas. ‘‘Acho que Lobato concordaria com isso, pois ele foi um dos escritores mais visionários do país’’, diz o diretor Roberto Talma, que está à frente do projeto do novo Sítio desde a concepção, há dois anos.


Os demais personagens fixos do seriado também são bastante conhecidos: Tio Barnabé (João Acaiabe), Pedrinho (Cesar Cardadeiro), Narizinho (Lara Rodrigues), Emília (Isabelle Drummond), Visconde Sabugosa (Cândido Damm), Saci (Izak Dahora), Cuca (Jacira Santos), Marquês de Rabicó (Aline Mendonça), Burro Falante (Zé Clayton) e Quindim (Sidnei Beckencamp).


A proposta desta nova versão do Sítio do Picapau Amarelo para tevê é atualizar a obra de Monteiro Lobato procurando ser o mais fiel possível aos textos originais. Para tanto, os redatores Luciana Sandroni, Marina Mesquita, Claudio Lobato e Toni Brandão estão relendo, com cuidado, todos os livros do escritor. ‘‘Estamos trabalhando em ritmo intenso e lado a lado com os livros publicados por Monteiro’’, garante Luciana Sandroni. ‘‘Como a ação se passa nos dias de hoje, a linguagem foi atualizada e as nossas gírias foram incorporadas para dar mais veracidade aos diálogos‘‘, explica Luciana. Ao mesmo tempo, o público infantil também vai conhecer palavras e gírias antigas. Expressões como, por exemplo, a ‘‘canastra da Emília’’, ‘‘torneirinha de asneiras’’, ‘‘cara de coruja seca’’ e tantas outras que são marcas do texto lobatiano foram mantidas pelos quatro redatores.

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