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terça-feira, 18 de março de 2014

Índios invadem capítulos do Sítio no Gloob!

Amanda Lee nos bastidores do programa

Para a atriz Amanda Lee, todo brasileiro tem um antepassado indígena qualquer. Ela, inclusive. A beleza dessa neta de índios já chamou a atenção do diretor Jayme Monjardim, que a convidou para fazer a mestiça Luiza em A Casa das Sete Mulheres. O sucesso foi tanto que Amanda volta a interpretar uma índia em O Sítio do Pica-Pau-Amarelo. No episódio "Juca Pirama", que estréia na segunda, dia 16, ela dá vida a Jacira, uma indiazinha saliente que cai de amores pelo personagem-título do poema de Gonçalves Dias. "Estou adorando fazer o Sítio porque é voltado para crianças. É a chance de mostrar um pouquinho da cultura indígena para elas", acredita.

No episódio "Juca Pirama", o protagonista é um bravo guerreiro tupinambá que, certo dia, é aprisionado pela tribo inimiga timbira. O jovem índio só escapa de ser morto porque é solto pela sempre intrépida Emília e sua turma. Jacira, uma nativa dos timbiras, porém, se apaixona pelo prisioneiro e resolve ir atrás dele no Sítio do Pica-Pau-Amarelo. O ator André Gonçalves, que interpreta Juca Pirama, volta a trabalhar na Globo depois de quase três anos. Nesse período, ele apareceu apenas na segunda edição da Casa dos Artistas, do SBT, onde conheceu sua atual mulher, a atriz Cynthia Benini, com quem teve Valentina, de apenas dois meses. "Este é o meu primeiro trabalho na tevê voltado para o público infantil. O mais legal é que a Manuela vai me ver pela primeira vez num trabalho que faz parte do universo dela", sorri, coruja, referindo-se à filha de sua união com Teresa Seiblitz.

Experiência

Por coincidência, tanto Amanda quanto André já interpretaram índios antes na tevê. Em A Casa das Sete Mulheres, a atriz causou frisson no público masculino ao protagonizar cenas calientes com Dado Dolabella e Bruno Gagliasso. Apesar da pouca experiência, ela garante que não foi nem um pouco difícil aparecer de tapa-sexo logo em seu segundo trabalho na tevê graças à delicadeza da direção de Jayme Monjardim. O universo indígena também não é novidade para André Gonçalves. "Já sou quase um especialista no assunto. Quando fiz A Muralha, levei seis meses fazendo laboratório para o Apingorá. Isso facilitou a minha vida", ressalva.

Mesmo assim, os dois admitem que interpretar figuras indígenas requer alguns cuidados. O maior deles, para Amanda, diz respeito ao gestual. E, principalmente, ao olhar. "A Jacira presta atenção em tudo. Está o tempo todo alerta. Por isso mesmo, tem um olhar meio desconfiado...", sublinha a atriz. Amanda confessa que se sentiu mais à vontade nas cenas gravadas em externas. Mais precisamente no Alto da Boa Vista e no Camorim, no mesmo lugar em que a Globo ergueu a aldeia cenográfica de A Muralha. Quando gravava no cenário que reproduz o interior do Sítio do Pica-pau Amarelo, a atriz redobrava sua atenção. "A Jacira é um típico bichinho-do-mato. Como ela nunca entrou num sítio antes, tudo é novidade para ela. Por isso, está sempre tão assustada", explica.

O episódio "Juca Pirama" tem significados bem pessoais para Amanda Lee e André Gonçalves. Para ela, é a oportunidade de mostrar seu trabalho para um público diferente daquele que acompanha sua carreira desde a estréia em Coração de Estudante, onde ela fez a estudante Laura. Para ele, porém, "Juca Pirama" é "praticamente" uma despedida. A partir de agora, André pretende se dedicar exclusivamente ao teatro. "Sei o quanto é difícil viver de teatro no Brasil, mas vou tentar", confessa. Para tanto, o ator já ensaia uma peça em São Paulo, Eu Te Darei o Céu, enquanto encena outra no Rio, O Assalto. "Há quatro anos, tento fazer teatro e não consigo. Mas é esse o ofício que escolhi desde criança. Felizmente, estou fechando minha carreira na tevê com chave de ouro", orgulha-se.

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