Dona Benta sentou-se em sua velha cadeirinha como de costume e foi contar aos netos as aventuras de um moço alemão chamado Hans Staden, que veio parar no Brasil por volta 1550.
“Súbito, um baque – e o navio do capitão espanhol desfez-se como bolha de sabão ao dar na ponta de um alfinete…
- Bravos, vovó! A senhora está épica! – exclamou Pedrinho. – Fez uma descrição linda!…
Dona Benta riu-se e continuou…
- Os náufragos lançaram-se ao mar, uns a nado, outros unidos como ostras aos destroços da embarcação – e ganharam a terra. Estavam salvos!…
Nesses transes horríveis salvar a vida é tudo, de modo que caíram de joelhos para render graças a misericórdia divina.
E ali ficaram, naquela praia deserta de um país desconhecido, em penúria extrema, enregelados pelo vento e empapados d’água como esponjas na chuva.”
Trecho extraído do livro: Aventuras de Hans Staden, publicado pela Editora Globo.
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