- E a isca? – indagou depois.
- Isca é o de menos, menina. Qualquer gafanhotinho seve.
Salta daqui, salta dali, Narizinho conseguiu apanhar um gafanhotinho verde. Espetou-o no anzol. Depois arrumou a boneca à beira d’água, muito tesa, com uma pedra no colo para não cair.
- Agora, Emília bico calado! Nem um pio, senão espanta os peixes. Logo que um deles beliscar – zuct! – dê um puxão na linha.
E, deixando-a ali, for ter com a preta.
-Você me frita para o jantar o peixinho da Emília, Nastácia, frita?
-Frito sim! Frito até no dedo!…
-Não caçoe, Nastácia! Emília é uma danada. Ninguém imagina de quanta coisa ela é capaz.
Trecho extraído do livro “A pescaria”, Coleção Pirlimpimpim, Editora Globo.
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