Para o escritor e jornalista Vander Piroli, Autor de três livros Infantis, a atualidade e permanência da obra de Monteiro Lobato derivam da “lição de inconformismo que transmite às crianças, principalmente em um mundo cheio de contradições e injustiças”.
Segundo Piroli, a literatura infantil de Monteiro Lobato representou, por muito tempo, um antídoto contra o bitolamento das lições que as crianças recebiam na sala de aula repleta de oficialismo, repressão e conformismo”.
O Autor de A Mãe e o Filho da Mãe (contos), O Menino e o Pinto do Menino, Os Rios Morrem de Sede e Macacos me Mordam (histórias infantis) acredita que, guardadas as proporções, a linguagem da obra de Monteiro Lobato ainda é atual, à medida que o escritor sempre se preocupou em conservar um estilo simples e direto.
Vander Piroli não concorda com o ponto-de-vista de que a ressurreição de Monteiro Lobato deva ser promovida exclusivamente através da televisão. Isto porque, nas adaptações, “certos aspetos importantes na obra do escritor, como a irreverência, o inconformismo e concepções materialistas, serão inevitavelmente eclipsados”.
Sugere que o Governo publique edições, com grandes tiragens, para serem, vendidas a preços acessíveis ou até mesmo distribuídas gratuitamente nas escolas. Seriam edições simples, em papel de jornal, sem nenhum luxo.
Vander atribui a dependência cultural do país à máquina que promove os best sellers estrangeiros a pouca difusão de Lobato entre os brasileiros. Acredita, ainda, que os preconceitos gerados entre o oficialismo contra Monteiro Lobato, devido às suas convicções políticas e ao rótulo materialista colado à sua obra, tenham sido também responsáveis por sua pouca divulgação, “Monteiro Lobato é atual e necessário”, concluiu.
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