Em 1920, representavam a verdadeira música popular brasileira. Dez anos depois, em 1930, alcançaram seu auge nas vozes de Carmen Miranda, Dalva de Oliveira e Almirante. Famosas ou não, as marchinhas conseguiram espaço nos blocos de rua e nunca mais saíram do coração dos brasileiros.
Seu nome faz referência ao compasso utilizado pelos militares, aquela batida bem marcada contada a cada dois segundos. Mas, na verdade, a marcação é apenas um detalhe, o estilo musical ganhou aos poucos um ritmo mais acelerado e alegre com letras conhecidas pelo refrão simples, fácil de ser decorado. Não há quem não se lembre de um trechinho.
No começo do século XX, a população vibrava nos bailes e festejos de rua cantado e dançando ao som das marchinhas. A primeira canção que se tem registro é de Chiquinha Gonzaga, chamada “Ó Abre Alas”, que ecoava em todos os cantos convidando todo mundo a pular o carnaval. Depois vieram A Jardineira, Taí, Mamãe eu quero, Alá-Lá-Ô e tantas outras.
Mas, em 1960, as marchinhas foram perdendo a sua popularidade. Começava a época dos grandes desfiles e os sambas-enredo surgiram com toda a força. Mas até os brasileiros cultivam a queridinha marchinha, com o mesmo espírito do começo do século. Há cidades que fazem festas só com esse estilo musical e até votam nas melhores marchinhas de cada carnaval.
Nenhum comentário:
Postar um comentário