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quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Uma vez… No Reino das Águas Claras
É aqui a entrada do meu reino — disse o príncipe. Narizinho espiou, commedo de entrar.
— Muito escura, príncipe. Emília é uma grande medrosa.
A resposta do peixinho foi tirar do bolso um vaga-lume de cabo de arame,que lhe servia de lanterna viva. A gruta clareou até longe e a “boneca” perdeu o medo. Entraram.
Pelo caminho foram saudados com grandes marcas de respeito, por várias corujas e numerosíssimos morcegos. Minutos depois chegavam ao portão do reino. A menina abriu a boca, admirada.
— Quem construiu este maravilhoso portão de coral, príncipe? É tão bonito que até parece um sonho.
— Foram os Pólipos, os pedreiros mais trabalhadores e incansáveis do mar. Também meu palácio foi construído por eles, todo de coral rosa e branco.
[...]
O passeio que Narizinho deu com o príncipe foi o mais belo de toda a sua vida. O coche de gala corria por sobre a areia alvíssima do fundo do mar conduzido por mestre Camarão e tirado por seis parelhas de hipocampos, uns bichinhos comcabeça de cavalo e cauda de peixe. Em vez de pingalim, o cocheiro usava os fios desua própria barba para chicoteá-los.
— lept! lept!…
Que lindos lugares ela viu! Florestas de coral, bosques de esponjas vivas,campos de algas das formas mais estranhas. Conchas de todos os jeitos e cores. Polvos, enguias, ouriços — milhares de criaturas marinhas tão estranhas que até pareciam mentiras do barão de Munchausen.
Em certo ponto Narizinho encontrou uma baleia dando de mamar a várias baleinhas novas. Teve a idéia de levar para o sítio uma garrafa de leite de baleia, só para ver a cara de espanto que Dona Benta e Tia Nastácia fariam.
Trecho extraído do livro Reinações de Narizinho – volume 1.
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