As histórias infantis de Monteiro Lobato estão dando o que falar. E não é porque são grandes clássicos da literatura. O tema em pauta é o racismo. Em 2010, a obra Caçadas de Pedrinho foi acusada de possuir teor racista pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que recomendou que o livro não fosse distribuído pelo governo nas escolas públicas. Posteriormente, a relatora do caso voltou atrás e decidiu que cada professor deveria dar explicações sobre o preconceito presente no livro para os alunos. Depois disso, o Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (Iara) junto com o mestre em educação Antonio Gomes da Costa Neto entraram com um mandado de segurança contra o livro Caçadas de Pedrinho e contra o relatório do CNE. O embate pode estar prestes a acabar, já que há uma reunião de conciliação marcada para setembro pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Todos que leem Monteiro Lobato devem saber que ele viveu há muito tempo atrás, em uma cultura diferente a dos dias de hoje. Naquele tempo era aceito a condição descrita anteriormente. Vários livros de outros autores que viveram na década de Lobato contiam o racismo. Por que implicar com um escritor que mudou a literatura infantil?
Um comentário:
É isso mesmo Pablo. Além do que as diferenças culturais, sociais sempre vão existir ainda mais analisando o passado e o presente. Aliás, isso é bom para que os professores possam contextualizar com os alunos a época dos livros, quando foram escritos, e mostrar o quanto a história e a sociedade são dinâmicas. Preconceito contra Lobato nos tempos atuais, conhecendo a realidade da época que ele escreveu, é que é um grande absurdo.
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