Lembrar do dia da mãe, do pai e até das crianças é fácil. Mas o da avó, comemorado em 26 de julho, poucos se recordam. O que é injusto, tendo em vista que o perfil desse ente familiar mudou significativamente nos últimos 30 anos. Antes associada à figura da Dona Benta, do Sítio do Picapau Amarelo, hoje a avó assume um papel ativo, muitas vezes, influenciando diretamente na criação dos netos.
A psicóloga do Espaço Trocando Ideias, Luciana de la Peña, afirma que as avós de antigamente eram vistas como "boazinhas". Mas que as da atualidade têm atribuições de pais, devendo impor limites e regras.
"As avós encontram-se ainda na força da vida, com ocupações, interesses, recursos e lazeres em nada semelhantes às avós de antigamente. Estudos referem que nos múltiplos arranjos familiares existentes, se destaca um crescente número de mulheres-avós que cuidam dos seus netos, temporariamente ou integralmente, sendo um fenômeno que vem crescendo na sociedade contemporânea."
O certo é que as avós continuam a ter um papel muito importante na ligação entre as gerações, na transmissão da herança histórica, cultural e familiar, constituindo-se como uma garantia segura de continuidade e de ligação entre o passado e futuro.
Origem da data
O dia das avós é comemorado junto com a celebração de Santa Ana. Segundo a tradição cristã, seu marido, São Joaquim, havia sido censurado por um sacerdote por não ter filhos. Durante um retiro no deserto para rezar e fazer penitência, um anjo teria aparecido dizendo que Deus atenderia as preces dele. De volta ao lar, tempos depois, Santa Ana ficou grávida e deu à luz Maria, mãe de Jesus.
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