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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Nicette Bruno é uma vovó cheia de amor

É impossível olhar para Nicette Bruno e não ter vontade de tê-la como avó. Afinal, ela personificou uma das vovós mais queridas do Brasil: a Dona Benta, do “Sítio do Picapau Amarelo”. E, agora, com Iná de “A Vida da Gente”, vem fazendo com que o público queira deitar em seu colo para ouvir seus ensinamentos.

Mas será que Nicette também vive em casa, com os netos, essa relação gostosa mostrada na televisão? “Minha relação com os meus netos é muito açucarada, sim. É uma relação maravilhosa, de muita amizade. Nós nos entendemos muito bem e nos amamos muito”, conta a atriz de 78 anos.

Nicette admite que, como em toda família, nem tudo são flores, mas, mesmo assim, a convivência é tranquila e com afinidade. “Dificuldades existem, claro, mas, quando você tem equilíbrio e amor, encontra formas de ultrapassar as barreiras. Somos amigos. Isso facilita tudo.”

Como nenhum conhecimento é demais, Nicette revela que tira proveito das suas personagens. “A gente aprende com cada uma. Aprendo muito com Iná, especialmente com o despojamento dela. Adoro a personagem. Temos uma relação harmônica.”

Em relação ao triângulo amoroso entre Ana (Fernanda Vasconcellos), Rodrigo (Rafael Cardoso) e Manu (Marjorie Estiano), Nicette diz que é uma das armadilhas da vida: “Eu, assim como Iná, desejo a felicidade deles, de todos. Espero que os três encontrem o caminho certo e que sejam felizes. Que eles possam ter uma dose de compreensão, de entendimento e de tolerância.”

Companheirismo é tudo/ Em mais de 40 anos de carreira, Nicette já viveu muitas personagens inesquecíveis. Dona Benta, claro, está entre elas. “Foi maravilhoso! A obra do Monteiro Lobato é um clássico da literatura infantil. Fazer esta personagem, que é um mito, foi extraordinário.”

Ser casada com um ator (Paulo Goulart), conta Nicette, resultou positivamente na vida profissional e também na pessoal. “Sempre há vantagens e desvantagens. No meu caso com Paulo, muitas vantagens. Nós não misturamos o relacionamento profissional com o pessoal. Não temos vaidade e nenhuma competição. Isso facilita o nosso crescimento. Para mim, é muito bom ter Paulo como parceiro profissional, porque sempre nos ajudamos mutuamente.”

O casamento de 54 anos chama a atenção, ainda mais no meio artístico, mas Nicette se defende: “Acho que não é no nosso meio que existem tantas separações. No mundo existem. O que acontece é que no meio artístico tem divulgação. Nos outros núcleos profissionais, é diferente. No nosso caso, foi um encontro maravilhoso e a gente aproveita isso. Existe um sentimento enorme”.

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