Narizinho, Dona Benta e Pedrinho...e também o Visconde de Sabugosa, tia Nastácia e Emília... estes personagens estão há tanto em nossos pensamentos que parecem que fazem parte de nossas vidas. E fazem. E eles são tão importantes que o autor, Monteiro Lobato, o pai da literatura para crianças no Brasil, tem um dia só para ele: dia 18 de abril é aniversário do autor e o Dia Nacional do Livro Infantil.
O primeiro livro infantil deste escritor brasileiro que morreu em 1948 foi A Menina do Narizinho Arrebitado, de 1920. A partir dele surgiram a série de aventuras que começam com Reinações de Narizinho e que levam até hoje milhares de leitores a uma viagem ao mesmo tempo por reinos encantados e deliciosas histórias de quintal. Tempos depois, a turma do Sítio do Picapau Amarelo foi parar na televisão e outras tantas adaptações de teatro. Há dois anos a Editora Globo vem relançando toda a obra de Lobato (procure por ele no site Livros Pra Uma Cuca Bacana) e permite que até hoje as histórias encantem a todos.
Marcia Camargos, co-autora da última biografia lançada sobre o autor, Monteiro Lobato: Furacão na Botocúndia (editora Senac São Paulo, 1997), afirma que ele foi o primeiro a escrever livros para o público infantil no Brasil. Até então, diz Marcia, as crianças brasileiras liam apenas clássicos da literatura estrangeira, como as fábulas de Esopo e as histórias do dinamarquês Hans Christian Andersen.
Segundo Marcia, as obras de Lobato o caracterizam como um autor clássico. "Ele misturou elementos da cultura nacional e questões universais e isso faz de suas obras clássicos. Por mais tempo que passe, elas não perdem o frescor e a importância", afirma . A biógrafa usa o exemplo de Dona Benta, a avó que ensina às crianças coisas sobre o mundo. "Ela falava de filosofia, quadrinhos, cinema e literatura. Dona Benta, inclusive, era assinante de vários jornais do mundo, assim como Lobato foi na vida real", conta.
Os personagens do Sítio do Picapau Amarelo viveram aventuras no espaço (Viagem ao Céu, de 1932), na natureza (A Reforma na Natureza, de 1939), em outros países, e até em outras épocas (O Minotauro, de 1939). Ao introduzir lugares, ocasiões e personagens históricos nos livros de ficção, Lobato instiga a curiosidade das crianças, tratando de forma lúdica o que elas aprendem na sala de aula. O autor escreveu ainda livros paradidáticos, entre eles, a Aritmética da Emília, de 1935 e Geografia de Dona Benta, do mesmo ano.
Tratando as crianças de igual para igual
Durante as pesquisas que fez para produzir a biografia, Marcia encontrou cartas que Monteiro havia trocado com fãs mirins. Lobato se correspondia com crianças, que comentavam, elogiavam e questionavam suas obras. "Analisando esse material, descobrimos que ele se inspirou em meninos e meninas reais para criar alguns personagens", diz.
O diálogo com os pequenos mostra um preocupação fundamental de Lobato: tratá-los de igual para igual. Marcia Camargos explica que o escritor via a criança como um ser independente, capaz de formular seu próprio conhecimento. "Ele queria despertar o senso crítico do pequeno leitor", diz. "Cada personagem de suas obras enxerga o mundo de uma forma, aprende e produz do seu jeito, no seu tempo."
Lobato corrigia pequenos detalhes em seus textos cada vez que eram republicados. Para Marcia, essa preocupação mostra que autor via o conhecimento como algo dinâmico, que está em constante transformação. Nos seus livros, Monteiro incita os leitores a pensar, experimentar e contestar o que os personagens dizem. "Mesmo nas obras de ficção, ele propunha uma nova forma de aprendizado para a época -- a de que para acertar é preciso testar e errar primeiro", diz.
O primeiro livro infantil deste escritor brasileiro que morreu em 1948 foi A Menina do Narizinho Arrebitado, de 1920. A partir dele surgiram a série de aventuras que começam com Reinações de Narizinho e que levam até hoje milhares de leitores a uma viagem ao mesmo tempo por reinos encantados e deliciosas histórias de quintal. Tempos depois, a turma do Sítio do Picapau Amarelo foi parar na televisão e outras tantas adaptações de teatro. Há dois anos a Editora Globo vem relançando toda a obra de Lobato (procure por ele no site Livros Pra Uma Cuca Bacana) e permite que até hoje as histórias encantem a todos.
Marcia Camargos, co-autora da última biografia lançada sobre o autor, Monteiro Lobato: Furacão na Botocúndia (editora Senac São Paulo, 1997), afirma que ele foi o primeiro a escrever livros para o público infantil no Brasil. Até então, diz Marcia, as crianças brasileiras liam apenas clássicos da literatura estrangeira, como as fábulas de Esopo e as histórias do dinamarquês Hans Christian Andersen.
Segundo Marcia, as obras de Lobato o caracterizam como um autor clássico. "Ele misturou elementos da cultura nacional e questões universais e isso faz de suas obras clássicos. Por mais tempo que passe, elas não perdem o frescor e a importância", afirma . A biógrafa usa o exemplo de Dona Benta, a avó que ensina às crianças coisas sobre o mundo. "Ela falava de filosofia, quadrinhos, cinema e literatura. Dona Benta, inclusive, era assinante de vários jornais do mundo, assim como Lobato foi na vida real", conta.
Os personagens do Sítio do Picapau Amarelo viveram aventuras no espaço (Viagem ao Céu, de 1932), na natureza (A Reforma na Natureza, de 1939), em outros países, e até em outras épocas (O Minotauro, de 1939). Ao introduzir lugares, ocasiões e personagens históricos nos livros de ficção, Lobato instiga a curiosidade das crianças, tratando de forma lúdica o que elas aprendem na sala de aula. O autor escreveu ainda livros paradidáticos, entre eles, a Aritmética da Emília, de 1935 e Geografia de Dona Benta, do mesmo ano.
Tratando as crianças de igual para igual
Durante as pesquisas que fez para produzir a biografia, Marcia encontrou cartas que Monteiro havia trocado com fãs mirins. Lobato se correspondia com crianças, que comentavam, elogiavam e questionavam suas obras. "Analisando esse material, descobrimos que ele se inspirou em meninos e meninas reais para criar alguns personagens", diz.
O diálogo com os pequenos mostra um preocupação fundamental de Lobato: tratá-los de igual para igual. Marcia Camargos explica que o escritor via a criança como um ser independente, capaz de formular seu próprio conhecimento. "Ele queria despertar o senso crítico do pequeno leitor", diz. "Cada personagem de suas obras enxerga o mundo de uma forma, aprende e produz do seu jeito, no seu tempo."
Lobato corrigia pequenos detalhes em seus textos cada vez que eram republicados. Para Marcia, essa preocupação mostra que autor via o conhecimento como algo dinâmico, que está em constante transformação. Nos seus livros, Monteiro incita os leitores a pensar, experimentar e contestar o que os personagens dizem. "Mesmo nas obras de ficção, ele propunha uma nova forma de aprendizado para a época -- a de que para acertar é preciso testar e errar primeiro", diz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário