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domingo, 11 de maio de 2008

Thiago Fragoso vive o Rabicó depois que ele vira


Desde que o remake de “O Sítio do Pica-Pau Amarelo” estreou na Globo, há quatro anos, é grande a fila de atores que se oferece para participar do seriado. Já passaram pelas terras de Dona Benta, gente importante como Malu Mader e Antônio Calloni, e promessas da nova geração como Samara Felippo e Pedro Neschling. Todos fãs das histórias de Monteiro Lobato e unânimes em dizer o quanto sentem-se bem ao integrar alguns capítulos do infantil.



O que tanto chama a atenção de atores para a produção pode ser explicado por Thiago Fragoso, o próximo convidado de Emília e companhia. “É a chance da gente soltar o nosso lado mais lúdico. Há muito já queria ter vindo parar aqui”, explica o ator, que vai interpretar o leitão Rabicó depois que ele transforma-se num príncipe.Thiago fica na história durante dez capítulos e, enquanto estiver “assumindo” o corpo esbelto e belo de Rabicó, vai aprontar todas. Na verdade, o príncipe chama-se Ramiro, nome inventado por Emília, personagem de Isabelle Drummond, para justificar o surgimento daquele rapaz nas redondezas. “Imagina explicar para a Dona Benta que o Rabicó virou gente...”, divaga Isabelle, sem se dar conta de que possivelmente Dona Benta iria entender, já quem em seu sítio sabugo de milho é gente e boneca de pano fala.



Rabicó tem sua transformação por causa de uma guerrinha entre a própria Emília e a nova integrante do clã, a moderninha boneca Patty Pop, papel da estreante Thavine Ferrari. Patty insiste em tomar o noivo de Emília e assim tornar-se a legítima Marquesa de Rabicó, título que Emília até então ostentou sem a cobiça alheia. Para acabar de vez com qualquer mal-entendido a esperta boneca de pano dá a Rabicó um anel mágico que logo o transforma num príncipe bonito e alinhado. “Mas ela desconfia na verdade que ele jamais vá virar um nobre”, opina Thiago.



A espevitada boneca tem razão. Na primeira oportunidade que tem, Ramiro mostra que é o mesmo Rabicó de sempre. Um porco glutão que passa os dias a chafurdar na lama. Foi o que literalmente aconteceu nas últimas gravações do programa. Metido num terno de veludo roxo cor de ataúde, envolto numa camisa de seda cheia de laços, como se fosse um legítimo dândi, Thiago enfrentou o calor excessivo do outono atípico e se despiu de qualquer vaidade para rolar na lama. “Em que outro lugar poderia fazer isso? Era tudo o que queria quando me ofereci para fazer o personagem”, justificava um Thiago com lama até a raiz dos cabelos encaracolados.



O ator não se fez de rogado. Quando o diretor Marco Rodrigo deu o sinal, o ator rolou na lama com gosto. O rosto e os cabelos não escaparam. Enquanto Thiago refestelava-se como porco no chiqueiro, Isabelle Drummond pensava alto pasma. “Eu não faria isso. Imagina passar meu rosto na lama. Eca!”, criticava a garotinha, talvez ainda sem a maturidade suficiente para entender a “entrega” do colega.O set parou para ver a cena. Câmaras, operadores de áudio e maquiadores gargalhavam a cada observação do diretor que tirava onda com a cara de Thiago. “Direto do Bairro Peixoto para a lama. Nossa, isso está ótimo. Se fosse você levava esse ritual para a vida.



Sairia assim, te deu um ar selvagem”, provocava Marco Rodrigo, fazendo ainda uma alusão ao último trabalho do ator na tevê, quando ele fez o Alberto em “Senhora do Destino”. Thiago conta que quando pode assiste ao “Sítio”, o que lhe remete a uma parte da infância. “Eu era pequeno, mas cheguei a ver as reprises do programa original. É uma fábula. E como é bacana poder ver uma produção dessa na tevê”, elogia ele, que pretende voltar mais vezes para participar de outras histórias. “Puxa, vai ser um prazer. Se eles quiserem vou estar aqui sempre”, admite. Dhu Moraes, que faz a Tia Anastácia desde o início do programa, assistiu às cenas com entusiasmo e tem na ponta da língua, tal qual a receita dos famosos bolinhos de chuva de sua personagem, a razão para que tantos colegas queiram estar ao lado deles nas aventuras do infantil. “Aqui as pessoas voltam a ser crianças. Sabem que podem extravasar e soltar seus bichos imaginários. Estão praticamente em casa”, conclui.


Notícia:2005

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